Em busca de melhorar o trabalho desenvolvido pelo Grupo AdoleScER, via metodologias inovadores e eficazes, uma delegação institucional viajou para São Paulo, Sorocaba e Cáli, em Colômbia para um intercâmbio com as organizações Lua Nova (Sorocaba), Reciclázero (São Paulo) e Corporación Viviendo (Cáli/Colômbia). Através de rodas de conversa sobre os métodos, o trabalho na rua, das experiências dos técnicos/as, visitas nas comunidades, nos centros de escuta e das conversas com moradores, observaram a realidade dessas cidades e sua maneira de trabalho para a redução da violência escolar e comunitária. Essas ONGs desenvolvem a Metodologia do Tratamento Comunitário. Inclusive, a Corporación Viviendo é a instituição pioneira no desenvolvimento do método, que adaptou o tratamento comunitário para o ambiente escolar, criando assim uma nova metodologia chamada ZOE – Zona de Orientação escolar, transformando ambas em política pública na Colômbia. Essas metodologias, somadas a prática da Educação Entre Pares, são os referenciais metodológicos do Programa PazAMIN – Por Uma Comunidade Sem Violência!, desenvolvido pelo Grupo AdoleScER. O foco do tratamento comunitário desenvolvido pela Lua Nova são os moradores em situação de rua. Desenvolvem também atividades de geração de renda, para dar uma perspectiva e formação para os/as beneficiários/as: costura de bolsas e bonecas, funcionamento de uma padaria e a construção de casa populares com matérias locais e ecológicos, fortalecendo a ideia de “Dando força para quem tem vontade”. O que aprendemos para a instituição – ser criativo é a base de tudo! Mostrou-nos o Reciclázero: “Preservando a natureza, reciclando vidas, reduzindo a violência” se pode reutilizar e reciclar para sustentar a quem não tem nada. Assim as ações que conhecemos dessa organização são bem diversificados: o trabalho artesanal num centro comunitário com moradores em situação de rua, apoio em forma de abrigos, acompanhamento de casos de sofrimento social, até a produção de tijolos ecológicos. “Sem sonhar não se consegue mudar algo”, diz o diretor da Corporación Viviendo, Raul Félix Tovar, em Colômbia – e aponta o maior problema que se vê em Cáli e no Recife: Pessoas sem perspectiva de vida nas comunidades. Na caminhada pelo bairro El Retiro foi bem visíveis as marcas da violência em forma de buracos causado por tiros, casas caídas, e um clima tenso entre os/as moradores. Fronteiras invisíveis que não permitem que os/as moradores se movimentem livremente, as vezes são apenas três quadras até a próxima fronteira. Outro bairro onde a Corporación Viviendo executa o seu trabalho é Portreiro Grande, que se encontra com uma estrutura ótima, com casas de alvenaria e ruas calçadas, mas os problemas sociais são identicos a qualquer outro bairro pobre, com muita violência e “fronteiras invisíveis” estabelecidas pelo trágico de drogas e richas entre gangues rivais As circunstâncias de vida é: Falta de trabalho e discriminação. Mas via o trabalho da Corporación Viviendo a representação social está mudando juntos com o engajamento dos moradores: “Os/as jovens, nossos filhos/as são a perspectiva de nossa comunidade. Eles fazem a diferença e por isso não podem perder a esperança, para que eles/as amanhã vivam uma vida digna, nós precisamos de mudar”, colocou um morador em El Retiro. Com essas e outras palavras na cabeça a delegação do Grupo AdoleScER voltou para Recife em busca de fazer a diferença nas comunidades Caranguejo/Tabaiares, Santa Luzia, Santo Amaro e Roda de Fogo. Acompanhe a entrevista que o programa da TV da Corporacion Viviendo “ Palavra Plena” realizou com a equipe do Grupo AdoleScER– de uma olhada no youtube: https://www.youtube.com/watch?v=2vkqRnrAoUQ Para maiores informações sobre as organizações visitadas: Lua Nova : http://luanova.org.br/br Reciclázero: http://www.reciclazaro.org.br/ Corporación Viviendo: (http://corporacionviviendo.org/ ).