Mais de 100 adolescentes moradores de quatro comunidades do Recife: Santa Luzia – no bairro da Torre, Ilha Santa Terezinha – em Santo Amaro, Roda de Fogo – nos Torrões e Caranguejo Tabaiares – Afogados, reuniram-se no Sítio Histórico de Olinda para estudar e identificar as redes de relações sociais de suas comunidades.
A metodologia do Tratamento Comunitário é “um conjunto de ações, instrumentos e práticas, organizadas em um processo que tem como finalidade, a melhoria das condições de vida das pessoas” segundo o pesquisador Efrem Milanese (1999). As intervenções comunitárias se baseiam num amplo sistema de investigação da realidade local e é apoiada por um conjunto de redes sociais.
A formação sobre redes foi também foi um processo de multiplicação dos conhecimentos sobre o Tratamento Comunitário, pois foi facilitada pelos/as monitores e educadores sociais do Grupo AdoleScER. A equipe passou por uma intensa e continua formação da metodologia e já acumula experiência prática das ações desenvolvidas em seis escolas públicas, em quatro comunidades da região metropolitana do Recife.
De forma interativa e dinâmica os/as adolescentes estudaram os conceitos de redes e suas subdivisões, segundo o tratamento comunitário – Rede Subjetiva, Rede operativa, Rede de Recursos e Rede de Líderes de Opinião, além de seu sentido e importância para a mudança da realidade local. Subdivididos por comunidade e com os conceitos na cabeça, foi possível mapear as redes locais que virão a contribuir com as propostas de intervenções dos/as estudantes.
O encontro foi uma iniciativa para aprofundar o estudo da metodologia, mas também, foi importante para a sustentabilidade das ações do programa, pois na última fase, visa-se que as ações de enfrentamento ao sofrimento social sejam desenvolvidas pelos próprios adolescentes moradores das comunidade e suas redes locais, de forma independente do Grupo AdoleScER, fortalecendo, inclusive, o protagonismo juvenil para a resolução dos conflitos sociais.