– Abril 2018 –
A situação política no Brasil é tensa, pesquisadores sociais estão preocupados e a sociedade civil tem apenas um objetivo: mais justiça social. Por este motivo, cerca de 60.000 participantes de todo o mundo (cerca de 120 países) viajaram para o 14º Fórum Social Mundial que aconteceu em março 2018, na cidade de Salvador, sob o lema: “Resistir é criar, resistir é transformar”. Desta vez, o Grupo AdoleScER (GA) também esteve presente com seus educadores para uma oportunidade única de se politizar, dialogar com outras realidades, aprender, fortalecer e compartilhar suas experiências sobre o tratamento comunitário e via educação entre pares com os nossos grupos de educandos, adolescentes e jovens nas comunidades de atuação do GA. “A participação no FSM em Porto Alegre mudou a minha vida. Naquela época, comecei a me envolver pelo desenvolvimento social e pela mudança e até hoje permaneci fiel a esses princípios”, explica o pedagogo André Fidelis, do AdoleScER.
O Fórum Social Mundial existe desde 2001 como contrapartida ao Fórum Econômico Mundial, na epoca em Davos, na Suíça, e este ano em São Paulo; e das cúpulas de G8 e G20. Nesse grandioso espaço de debate houve muitas outras organizações como o AdoleScER, críticas à globalização. Ex-chefes de estados também entoaram este coro, assim como os ex-presidentes sul-americanos da esquerda Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff do Brasil, Cristina Fernández de Kirchner da Argentina e José Mujica de Uruguay.
Participantes de todo o mundo discutiram propostas para um mundo mais justo e pacífico – e formularam revindicações para a política e economia. “Foi uma experiência muito especial participar do fórum. Foi harmonico, apesar de tantas pessoas terem se reunido. E todos lutaram pelo mesmo objetivo: um mundo melhor com pessoas mais autônomas e resilientes”, diz Igor Luan. Renata Melo, também se sente mais empoderada: “Pude mergulhar profundamente e aprender mais sobre questões sociais e políticas, também através do intercâmbio com outros participantes”.
Muitos eventos foram proporcionados por instituições, também foi realizado pelo Grupo AdoleScER, que compartilhou as suas experiências de trabalho com jovens, em uma oficina intitulada “Adolescentes como protagonistas na redução da violência comunitária”. “Com este evento, pudemos mostrar como estamos comprometidos com um mundo melhor, compartilhar experiências com outras pessoas que fazem um trabalho semelhante ao nosso e formar redes “, diz Igor Luan, educador da organização.
Com muita experiência na bagagem, depois de 5 dias, volta-se a Recife – agora essa energia revolucionária tem que ser aproveitada para impulsionar a mudança na cidade em que a instituição atua. “É muito importante para mim compartilhar essa experiência do Fórum com os jovens do meu grupo, para que eles e elas também possam se beneficiar do conteúdo e das minhas experiências”, explica Renata Melo.