Em 2020 o mundo foi acometido por uma pandemia que provocou mudanças na economia, educação e saúde, alterando a rotina de bilhões de pessoas a nível global. O vírus foi responsável por ceifar milhares de vidas sem fazer distinção social.
Sabe-se que a qualidade de vida nas periferias brasileiras nunca foi prioridade para o estado. Isso faz com que o impacto causado pela Pandemia da COVID-19 seja mais agressivo nas comunidades. Falta de saneamento, higiene básica, abastecimento irregular de água, má distribuição de renda… Estes são alguns dos problemas já existentes nas periferias recifenses. Com a chegada do novo coronavírus esses problemas se intensificaram. Até o momento são mais de 121 mil mortes e quase 4 milhões de infectados. Este vídeo – uma realização do projeto Santa Infância junto ao Grupo AdoleScER – foi produzido com o intuito de escutar quem historicamente, por séculos, foi silenciada: a mulher. Sobretudo, a mulher periférica, estas ocupam a base de sustentação da pirâmide social.
As protagonistas desta história são mães de educandos e educandas dos projetos desenvolvidos pelo Grupo AdoleScER em quatros comunidades da cidade do Recife: Caranguejo/Tabaiares, Roda de Fogo, Santo Amaro e Santa Luzia. Josefa Silva, Lurdemira Félix, Camila Barros e Valdilene Amorim representam muitas outras Josefas, Camilas, Lurdemiras e Valdilenes. O que têm em comum? A força, uma história de luta e a virtude de fazer muito com o pouco que possuem.
No vídeo são questionadas sobre as dificuldades que a Pandemia trouxe para a mulher e para a comunidade: práticas de higiene, renda familiar, desemprego, entre outros. Elas abriram as portas de suas casas e apresentaram em seus depoimentos temas de bastante relevância, dentre eles: Machismo, violência doméstica, sobrecarga de trabalho, renda e empregabilidade, desigualdade social, preconceitos, autoestima e empoderamento feminino. Além de traçar um panorama onde explanam seus anseios, projeções e perspectivas para o futuro. Confira:
Por Tarcísio Vieira
Setembro 2020