Por André Fidelis, pedagogo do Grupo AdoleScER
As Organizações da Sociedade Civil têm desempenhado um importante papel em vários seguimentos no país: meio ambiente, direito das mulheres, enfrentamento ao racismo, educação, entre outros mais. Cada instituição ao seu modo, seguindo metodologias reconhecidas e fundamentadas nos Direitos Humanos, proporcionando a melhoria de leis, a consolidação de políticas e formações que tem beneficiado populações, sobretudo às minorias.
As expertises dessas instituições que focam o “seu fazer” nos diferentes campos listados acima, convergem e atuam coletivamente quando se trata da articulação em rede, organizadas por seguimentos, que é uma fundamental uma estratégia de atuação das OSC´s na sociedade. A experiência de uma, se soma a de outra e potencializam-se lutas sociais nas periferias, nos territórios indígenas, quilombolas, nos quatro cantos desse país.
Vale a pergunta: O que seria do Brasil se não fossem às instituições sociais?
Por isso, com frequência, ocorre, partindo das OSC´s a consolidação de uma articulação que agregue os mais diversos setores que atuam em pautas semelhantes, constituindo, construindo e consolidando fóruns e redes que elaboram planejamentos de atuação para incidir em políticas, cobrar dos governantes, pautar temas importantes à sociedade e contribuir para a organização e força do poder popular.
No Grupo AdoleScER a participação se faz presente no Fórum Municipal dos Direitos das Crianças e dos Adolescentes, na Rede de Enfrentamento contra a violência sexual de crianças e adolescentes, no Recife de Luta, na Rede de Jovens de Comunidades Periféricas, na Rede da Vila de Santa Luzia e no Fórum Popular de Segurança Pública. Todos esses espaços levando a pauta da criança e do adolescente como sujeitos de direitos.
Como devolutiva à comunidade, de produções que foram obtidas desses espaços, temos: concretização de clipes com abordagem e temas sociais; articulação da vacina da covid-19 para o terceiro setor; pressão para lançamento de editais; mapeamento de instituições sociais; campanhas; carta compromisso com governos municipais e estadual; reuniões com o Poder Público; arrecadação de alimentos; formações, entre outros.
Em tempos de perdas e cortes de direitos e de orçamento público, quanto mais organização da sociedade civil mais chances a população tem de ser fortalecida, de imprimir uma agenda que beneficie os mais pobres.
Organizar-se, se articular, planejar e promover ações é sempre preciso.