Por Igor Luan, Educador do Grupo AdoleScER
O desmonte dos incentivos e investimentos no Brasil não atingiram apenas saúde e educação, a cultura também foi afetada. Prezar pela arte, pelo popular é algo marcante, histórico e contínuo no Grupo AdoleScER. Entre 2011 e 2021, a cultura perdeu metade do seu orçamento anual no Brasil, os dados estão disponíveis no Siga Brasil.
A falta de investimento na cultura é algo que afeta diretamente as pessoas no campo do conhecimento, das relações e socialmente, se pode dizer que contribui para o aumento da violência e alienação da população.
A atuação do AdoleScER se dá diretamente na juventude periférica, uma das mais atingidas com a falta de recursos e investimentos na cultura, por isso, a instituição promove iniciativas que contribuem para que os jovens possam ter acesso ao teatro, a arte, a dança, despertando novos talentos e habilidades que muitas das vezes nem eles/as sabem que tem.
Em março do deste ano de 2022 as comunidades de atuação do Grupo AdoleScER, vêm realizando encontros educativos, artísticos e culturais semanalmente com os jovens educandos. Essas atividades são denominadas de atividades artísticas, entre elas: o teatro e a fotografia. Em poucos encontros já podemos perceber a perda da timidez, melhora do protagonismo do/da jovem que se identifica com a arte que está sendo trabalhada e leva para o seu dia-a-dia, na comunidade, escola, seio familiar.
Esses encontros irão até meados de agosto e intuito do AdoleScER é que através de cada linguagem artística, possam ser desenvolvidas algumas intervenções nas comunidades ou nas escolas em que a instituição atua em parceria, como forma de incidência política, com o intuito de reivindicar nossos direitos e conscientizar a população sobre os problemas sociais em que vivem, tudo isso através da arte e da cultura.
“Em lugar onde não há atividades culturais, a violência vira espetáculo”. GZH.